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Entenda como a iluminação pode influenciar o bem-estar na casa

Cada residência transmite um clima diferente da outra. As pessoas imprimem seus estilos e personalidades na decoração, o que é capaz de criar diferentes sensações. O projeto luminotécnico colabora diretamente para isso, inclusive, influenciando o bem-estar dos moradores.
 
“A iluminação é responsável por criar diferentes estados emocionais nas pessoas por meio da cor. Tons amarelados, por exemplo, despertam sensação de aconchego; cores frias, branco-azuladas, propiciam atenção e concentração. Algumas cores promovem energia e vitalidade, outras relaxamento e tranqüilidade”, explica Alessandra Bonotto Hoffmann Paim, do escritório ABHP Arquitetura.
 
Na hora de definir a iluminação de cada ambiente, é importante considerar também para quem se destina o espaço. O projeto luminotécnico deve ser modificado e adaptado para cada fase da vida. 
 
“Casais jovens buscam uma iluminação mais moderna e intimista, criando ambientes aconchegantes principalmente através de iluminação indireta e pontual. Já famílias com crianças preferem uma iluminação mais dinâmica, com ambientes flexíveis e funcionais. Já para idosos, o projeto deve levar em conta além da quantidade, a qualidade da luz, principalmente em áreas de leitura e trabalho”, alertam as arquitetas Carolina Posanske e Mariana Stockler.
 
Luz como destaque
 
Segundo elas, a iluminação deve ser pensada junto com o layout do ambiente, valorizando os pontos fortes do projeto de interiores e buscando a funcionalidade do espaço. Para gerar conforto visual, é preciso entender as necessidades e para quais tarefas o espaço vai ser utilizado. A iluminação é capaz de gerar efeitos, hierarquizar ambientes e elementos a partir de seu uso de maneira pontual ou difusa e dos tipos de luminárias e lâmpadas.
 
“A questão fundamental é imaginar as atividades mais diversas que podem ser exercidas no ambiente e adequar uma iluminação específica para cada uma. Para isso, além de criar vários sistemas diferentes de iluminação, também misturo o tipo de lâmpada, fluorescente, halógena e led de acordo com o melhor que cada uma oferece”, conta Alessandra.
 
Para a arquiteta Ellen Marques, o projeto luminotécnico deve ser planejado especialmente para cada ambiente, cliente e situação, devendo atender às necessidades conforme as intensidades.
 
“Em um quarto de bebê, por exemplo, deve-se trabalhar com uma intensidade mais fraca, deixando o ambiente mais aconchegante. Para ambientes de estudo, a necessidade será uma iluminação mais forte para uma bancada de estudos, enquanto na fase adulta, em um quarto de casal, é aconselhado não trabalhar com iluminação direta, para que o ambiente fique mais aconchegante”, garante Ellen.
 
Alessandra indica o uso da dimerização, recurso que permite o ajuste da intensidade luminosa das lâmpadas individualmente ou em grupos. Assim, a mesma fonte de luz pode ser suavizada ou aumentada de acordo com a necessidade.
 
“Procuro criar vários cenários para flexibilizar o uso do ambiente para trabalho, leitura, relaxamento e descontração, estabelecendo uma iluminação geral direta e uma indireta. Também utilizo iluminação pontual para destacar algum objeto de apreço dos clientes”, detalha Alessandra.
 
Para evitar acidentes, ambientes para idosos devem ter uma iluminação mais forte, que destaque objetos e mobiliários. Outra sugestão é também trabalhar com sensores pela casa, para facilitar a locomoção. 

 
Para cada cômodo:
 
A iluminação pode ser direta (distribuída de forma geral), indireta (luz suave, cuja fonte não é visível) e pontual (focalizada em apenas um objeto). As profissionais indicam aplicações de luzes específicas para cada cômodo. A decoração do quarto e da sala, por exemplo, precisa ter elementos que despertem sensação de conforto e provoquem bem-estar. Portanto, é melhor evitar a lâmpada fluorescente branca, mesmo que ela seja econômica.
 
“Na escolha da lâmpada ideal, a melhor é a que mais se aproxima da luz natural, da luz solar. Para isso, é necessário avaliar o IRC (Índice de Reprodução de Cor), que indica o grau de fidelidade com que as cores são reproduzidas em uma determinada fonte de luz”, avisa Alessandra.
 
O IRC segue uma escala de 0 a 100 e quanto mais próximo for de 100 (dado à luz solar), mais fielmente as cores serão reproduzidas. O IRC varia de acordo com a lâmpada, já que sua eficiência na reprodução de cores está ligada à tecnologia e às características técnicas.
  • 12 de Julho de 2014
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